A gestão do prefeito Bruno Cunha Lima (União Brasil) volta ao centro das críticas após a homologação de um contrato milionário para decoração urbana do São João 2025 — isso tudo sem que a população tenha visto sequer uma bandeirola nas ruas de Campina Grande até agora.
O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial do Município nessa segunda-feira (20) e revela que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico firmou um acordo no valor de R$ 2.506.999,94 com a empresa Potiguar Locações e Serviços Ltda. O objeto do contrato é a “execução da decoração da cidade com fornecimento e manutenção de materiais em ruas, avenidas, praças e parques”.
A notícia, no entanto, causou estranheza imediata: apesar da cifra expressiva, moradores e visitantes relatam a ausência completa de decoração junina nas ruas — um contraste gritante com a tradição de Campina Grande, que costuma se transformar visualmente durante o período dos festejos, com cores, luzes e adereços por toda parte.
Outro ponto que chama atenção é o fato de que, em edições anteriores, quando a organização do evento estava sob responsabilidade da empresa Medow Promoções, a decoração já estava incluída no contrato global, não exigindo uma nova licitação específica. Agora, a Prefeitura contrata à parte um serviço milionário, sem qualquer detalhamento claro de cronograma, pontos decorados ou justificativas técnicas para os valores empregados.
A demora na instalação da ornamentação, mesmo após a adjudicação e homologação formal do contrato, agrava ainda mais as críticas à condução da festa e à transparência dos gastos públicos.
Com o evento “O Maior São João do Mundo” se aproximando, cresce a insatisfação popular diante do aparente descompasso entre o investimento anunciado e os resultados visíveis. Até o momento, não há sinal concreto da execução do serviço, nem qualquer comunicado oficial esclarecendo os motivos do atraso.
A pergunta que paira no ar é simples: onde está a decoração paga com mais de R$ 2,5 milhões do dinheiro público?