Um projeto de lei enviado pela Prefeitura de Campina Grande à Câmara Municipal promete incendiar os debates políticos da cidade: o Executivo quer autorização para abrir um crédito adicional suplementar de R$ 10 milhões para reforçar os gastos com propaganda institucional no orçamento de 2025.
A proposta, que chegou em regime de urgência, prevê o repasse de recursos para o Gabinete do Prefeito, o Fundo Municipal de Direitos Difusos e a STTP, com o argumento de garantir a “divulgação adequada” das ações da gestão. O texto cita, inclusive, o Maior São João do Mundo como evento de “notório reconhecimento nacional e internacional”, justificando a ampliação da verba.
Mas, em meio a problemas na saúde, no transporte público e na infraestrutura urbana, a proposta levanta uma pergunta incômoda: Campina Grande pode mesmo abrir mão de R$ 10 milhões para gastar com publicidade?
O projeto não detalha de onde exatamente o dinheiro será tirado, apenas afirma que os recursos serão remanejados conforme a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano Plurianual (PPA). Quais áreas terão cortes para bancar essa superverba da comunicação? Até agora, a resposta não veio.
A proposta já está gerando inquietação nos bastidores. Sociedade civil, conselhos municipais e vereadores da oposiçãoprometem reagir. Nos corredores da Câmara, a expectativa é de embates acalorados nas próximas sessões.
Enquanto isso, a população observa: será que o governo municipal vai conseguir justificar esse gasto bilionário em propaganda, ou a proposta vai desmoronar sob o peso da pressão pública?