Em entrevista incisiva ao programa Hora H, da TV Norte Paraíba, na noite desta segunda-feira (28), o presidente municipal do PSB em Campina Grande e superintendente da PB Saúde, Jhony Bezerra, lançou uma pergunta direta ao pré-candidato Pedro Cunha Lima (PSDB): que modelo de gestão ele pretende apresentar à Paraíba em 2026 — o do pai, Cássio Cunha Lima, ou o do primo, Bruno?
“É só olhar para trás e ver o que foi a Paraíba no governo Cássio. Ou então observar Campina Grande hoje, após quatro anos e quatro meses de Bruno Cunha Lima à frente da Prefeitura. A cidade não consegue oferecer o básico. Tem denúncia de salários atrasados, fornecedores sem pagamento, postos de saúde sucateados. É esse o modelo que Pedro vai defender para o Estado?”, provocou Jhony, em tom crítico.
O dirigente do PSB campinense saiu em defesa do governo João Azevêdo (PSB), destacando os avanços administrativos e a solidez fiscal da gestão estadual como contraponto aos períodos em que, segundo ele, a Paraíba foi “quebrada por aventureiros”.
“O servidor que trabalhou na época de Cássio sabe: precisava fazer empréstimo para receber salário. Não havia viatura para a polícia, nem concurso. Foi um período de sucateamento. Não podemos correr o risco de entregar a Paraíba a esses aventureiros do passado que destruíram o Estado e que agora quebraram Campina Grande”, disparou.
Debate de modelos
A fala de Jhony evidencia a estratégia do PSB para 2026: forçar o debate público entre modelos de gestão. De um lado, a continuidade administrativa que, segundo ele, tem garantido estabilidade fiscal, investimentos e políticas públicas. De outro, o retorno de práticas que ele associa ao atraso e à irresponsabilidade.
“Campina Grande, hoje, não tem capacidade fiscal nem financeira de honrar seus compromissos. Isso mostra o tipo de gestão que o grupo de Pedro representa. É com esse legado que ele vai se apresentar à Paraíba?”, questionou.
A entrevista de Jhony Bezerra joga luz sobre o início da pré-campanha de 2026 e marca a entrada do PSB no confronto direto com o principal nome da oposição, estabelecendo uma linha clara de comparação entre passado, presente e futuro.