O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na manhã desta sexta-feira (25) em Roma, na Itália, para participar do funeral do Papa Francisco, marcado para o sábado (26), no Vaticano. A cerimônia deve reunir líderes de diferentes países para a despedida de um dos pontífices mais influentes da história recente da Igreja Católica.
A comitiva brasileira é composta pela primeira-dama, Janja da Silva, ministros de Estado, parlamentares e representantes dos três Poderes. O avião presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou no Aeroporto Roma-Fiumicino, em área reservada a autoridades.
Entre os integrantes da delegação estão o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso; o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil–AP); o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos–PB); além dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos). O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, também acompanha a missão.
A previsão é que o grupo retorne a Brasília ainda no sábado, após a cerimônia fúnebre.
Esta é a segunda vez que Lula comparece ao funeral de um papa durante seus mandatos. Em 2005, ele esteve no Vaticano para o sepultamento de João Paulo II. Com a futura escolha do sucessor de Francisco, Lula terá conhecido quatro pontífices enquanto chefe de Estado.
Morte e legado de Francisco
O Papa Francisco faleceu na última segunda-feira (22), aos 87 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e uma falência cardíaca irreversível. Ele havia passado quase 40 dias internado no Hospital Gemelli, em Roma, tratando de uma pneumonia. Sua última aparição pública ocorreu no Domingo de Páscoa, quando concedeu a tradicional bênção “Urbi et Orbi”, na Praça de São Pedro, com um apelo por paz na Faixa de Gaza.
Em sinal de luto, o governo brasileiro decretou luto oficial de sete dias. Lula se manifestou por meio das redes sociais, destacando o papel do papa na defesa dos mais vulneráveis: “Francisco foi um papa de todos, mas principalmente dos excluídos, dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não têm voz, das vítimas da fome e do abandono.”
Durante o pontificado de Francisco, Lula e o papa se encontraram pessoalmente em três ocasiões, reforçando uma relação de diálogo pautada por temas como justiça social, combate à fome e proteção dos direitos humanos.