O uso de bonecos hiper-realistas conhecidos como “bebês reborn” entrou de vez no debate político da Paraíba. Propostas em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado (ALPB) e nas Câmaras Municipais de João Pessoa e Campina Grande pretendem coibir o uso desses bonecos para obter atendimento preferencial, como se fossem crianças de colo reais.
A motivação das propostas é evitar fraudes no acesso a benefícios e serviços públicos, especialmente em unidades de saúde e locais que oferecem prioridade para pessoas com crianças pequenas. As medidas preveem sanções administrativas, incluindo a proibição expressa do uso de bonecos reborn como justificativa para atendimento preferencial.
Na Assembleia Legislativa
O deputado estadual Walber Virgolino (PL) apresentou dois projetos sobre o tema:
- PLO 4350/2025, aprovado recentemente, proíbe o atendimento a bebês reborn nas unidades públicas de saúdee veda o uso dessas bonecas para garantir preferência em serviços.
- PLO 4380/2025, ainda em tramitação, amplia a proibição para todos os espaços públicos e privados do estado, considerando como infração administrativa o uso do boneco para tentar obter prioridade.
Nas câmaras municipais
Em João Pessoa, o vereador Guguinha Moov Jampa (PSD) apresentou o PLO 269/2025, que segue o mesmo modelo estadual, proibindo o uso de bonecas reborn para conseguir preferência e atendimento em locais públicos ou privados. O texto também impede o uso desses bonecos nas unidades de saúde da capital.
Já em Campina Grande, o vereador Sargento Wellington Cobra (PSB) propôs o PL 529/2025, que proíbe o uso de bebês reborn para obtenção de prioridade em hospitais, UPAs, repartições públicas e até estabelecimentos comerciais.
Apesar de não haver registros oficiais de ocorrências em que pessoas tenham burlado filas com esse artifício na Paraíba, os parlamentares justificam as propostas diante da preocupação crescente nas redes sociais e relatos de profissionais de atendimento.
Os projetos indicam que, caso aprovados, os órgãos públicos deverão criar mecanismos de fiscalização e aplicar penalidades administrativas a quem for flagrado tentando fraudar o sistema com bonecos.
Com g1